quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Sobre o POST do dia 31/10/2009 quanto ao TNP

Revisando meus escritos (coisa que por vezes eu faço) percebi que a postagem do dia 31/10/2009 estava incompleta.

Bem, ao que os leitores do blog não sabem (apenas podem sugerir com o horário indicado nas postagens, que nem é o horário brasileiro) é que várias de minhas postagens são feitas em período noturno (a grande maioria na realidade) e são fruto de pura e simples inspiração de momento (seguida de transpiração para "lapidar" a idéia).

Enfim, essa delonga toda somente para dizer que algumas postagens são realizadas em momento de luta contra o sono, na tentativa derradeira de não deixar a idéia fugir.

Vamos ao que interessa então, continuando o final daquele tópico:

(...) Se nossa diplomacia se curvar aos desígnios da ONU que são gerados sob pressão das potências nucleares alinhadas (leia-se principalmente EUA, França e Inglaterra), para punir de alguma forma os países não alinhados e potencialmente perigosos (tais como Irã, Coréia do Norte, Venezuela, Paquistão e quem sabe até mesmo a Índia), nós brasileiros estaremos na clássica situação de: "quem muito abaixa mostra o que não deve".

Como foi colocado na matéria da Folha de São Paulo (mas que provavelmente deve estar disponível também em outros meios de mídia, ou ao menos deveria) o Protocolo Adicional do TNP (Tratado de Não Proliferação Nuclear) diz sobre aquilo que as potências nucleares querem fazer com os países nos quais ela não confia, ou seja, inspeções surpresa, tentando "pegar" alguma coisa fora dos padrões ou dos acordos.

Outra clara intenção poderia ser uma certa "espionagem" através de inspetores da ONU, aí vemos claramente à que situação a ONU pode estar "submissa" aos membros de seu conselho de segurança.

O fato é que a alegação de que o Brasil deveria assinar esse protocolo visão dar o "exemplo" ao mundo é no mínimo uma piada de mal gosto... Ora porque as grandes potências nucleares não decidem dar o exemplo? E até quem sabe aprendam com o exemplo que nós brasileiros já fazemos hoje: permitimos inspeções até em instalações militares de pesquisa e além disso somos signatários de 3 acordos de não proliferação, incluindo um com nossos vizinhos argentinos (situação muito diferente de outros vizinhos como as Coréias e até mesmo os países vizinhos do Irã).

Estamos pelo menos 2 passos à frente das potências nucleares mundiais em termos de "dar exemplo" sobre não proliferação nuclear. Já divulgamos para fins públicos o conhecimento tão lacrado e secreto sobre a bomba de hidrogênio uma prova claríssima de que sabemos como fazer, e além disso dominamos o processo de enriquecimento de urânio.
Por mais que nosso urânio esteja sendo contrabandeado (o bruto) o nosso enriquecido é muito bem guardado e não está com paradeiro misterioso como o urânio enriquecido russo por exemplo.

Não temos e nem devemos dar exemplo algum, essa pressão rídicula feita sobre este protocolo adicional em virtude do pleito brasileiro à um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU é uma verdadeira piada de péssimo gosto e demonstra o enorme medo (e vontade de achar um argumento de confusão) que principalmente os EUA possuem de nos ver como força mundial.

Sorry mates but we really don't need to sign this thing!

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